BALLET

11-10-2010 02:09

 

História do Ballet Clássico

 

A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália.
Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artista célebre como Leonardo da Vinci.

O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon.

Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco em pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados.

Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc.

Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso.

O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influência na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo.

O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV.

Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tronou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte.

A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa.

Seu título “REI SOL", vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas.


Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música
e 8 anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet.

O professor Pirre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico.

A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tronou uma profissão
e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros.

Em princípio, todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figurinos. Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo, que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves e assim poder saltar e mostrar os passos executados.

Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja, dar um significado aos movimentos da dança. Assim no final do século XVIII, um movimento liderado por Jean-Georges Noverre, inaugurou o "Ballet de Ação", isto é, a dança passou a ter uma narrativa, que apresentava um enredo e personagens reais, modificando totalmente a forma do Ballet de até então.

O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores.

Esse movimento é inaugurado pela bailarina Marie Taglioni, portadora do tipo físico ideal ao romantismo, para quem foi criado o ballet "A Sílfide", que mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão. Foi "A Sífilde" o romantismo o primeiro grande ballet romântico que iniciou o trabalho nos sapatos de ponta.

Outro ballet romântico, "Giselle", que consagrou a bailarina Carlota Grisi, foi a mais pura expressão de período romântico, além de representar o maior de todos os testes para a bailarina até os dias de hoje.

O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso, porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo (hoje Leningrado), foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Mauris Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também se tornou coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Sob sua influência, o centro mundial da dança transferiu-se de Paris para São Petersburgo. Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos (alguns tinha 5 ou 6 atos) reveladores dos maiores talentos de uma companhia.

Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner.

Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaicowsky que ele criou três dos mais Importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes".

O sucesso de Petipa não foi eterno. No final do século ele foi considerado ultrapassado e mais uma vez o ballet entrou em decadência. Chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronto para colocá-las em prática. São Petersburgo, porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso. Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Michel Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários.

Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911e Diaghilev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet.

Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos, fragmentando-se depois por todo o mundo.

Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mutação.

Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais.

FONTE: corpoedanca.com.br


 

História do Jazz

O Jazz é um ritmo que nasceu diretamente da cultura negra. No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde. As danças tradicionais dos senhores brancos eram as polcas, as valsas e as quadrilhas, e os negros os imitavam para ridiculariza-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura européia, e misturando um pouco com as danças que conheciam. Dessa forma, surgiu a dança que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.

Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar insurreições (revoltas) dos negros. Assim, para executar suas danças, eles foram obrigados a improvisar com outras formas de som, como palmas, sapateados, e o banjo. Mais uma vez, a dança dos negros dava um salto, aproximando ainda mais com o que conhecemos atualmente.

No início deste século, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões, e a sofrer novas influências: do can-can e do charleston, principalmente. Logo, essa dança que se pode até chamar de "mista", tomou conta dos palcos e da Broadway, se transformando na conhecida comédia musical. A comédia musical, por sua vez, não é nada mais que o segundo nome dado à dança mais conhecida como jazz.