DANÇA DE SALÃO INÍCIO
As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, nasceram na Renascença. A idade média foi um período em que a dança era considerada pagã e somente no final no Renascimento Cultural começaram as manifestações sociais nas cortes dos reis e nobres. A dança foi bastante privilegiada entre os marcos do Renascimento Cultura. Foi no período do Quattrocento, que os mestres italianos aperfeiçoaram a dança, e os franceses codificaram a técnica. Os nobres organizavam festas, que ajudavam a garantir a paz entre vários reinos e afirmar a grandiosidade e status dos anfitriões, fazendo propaganda em ostentação do poder. As festas eram luxuosas e tinham apresentações que duravam dias, e eram oferecidas aos grandes nobres e monarcas da época. Quem organizava essas festas eram os mestres utilizavam a corte para criar suas danças.
As primeiras danças de casais, ou sociais, surgiram no século XIV (1350-1550) e nesse período predominaram as “basse dances” ou Danças Baixas e o pavane (1450-1650), que eram dançadas por nobres e aristocratas, sendo que os passos eram juntos ao chão, sem saltitos ou maiores elevações do solo. No final do século XVI essas danças deixam de ser utilizadas e a alemanda, a gavota, a pavana, a sarabanda, o passepied, o louré, a bourrèe, que continuam a ser usados até o surgimento do minueto, no século XVII, que vai reinar por mais de 150 anos. Na Inglaterra a countrydanse, também só dançada pela corte, perdura pelos séculos XVI e XVII. Os mestres utilizavam muito dos desenhos geométricos no chão: o círculo, o losango, quadrados, retângulos, pois essas danças eram para serem vistas de cima, pelos aristocratas e nobres. Houve período, em que se criavam letras coreográficas com as iniciais do rei ou nobres. Assim a dança de salão começou a engatinhar, e aos poucos foi sendo levada mais a sério, com o Rei Luis XIV criando uma academia de música e dança, aonde não era permitido a participação de amadores. Porém a corte mesmo assim continuou com bailes sociais. A dança típica do século XVII foi a gallarda , dançada em seqüências de cinco passos num tempo de 6/4, integrando pequenos saltos, coices, grous, rus de vache e cabriolas que era uma dança de elevação. A popularização das danças sociais se deu à partir do surgimento do minueto desenvolvendo-se depois os cotillos e a quadrille.
Entre as danças sociais e populares no período da Renascença (1400 e 1650) citaremos:
Basse Danse – Conhecida desde 1400 entrou em desuso em 1550. Conforme Cornazano em seu tratado, ele definiu-a como a rainha das danças. Os parceiros mal se tocavam e a marcação consistia em passos curtos simples e duplos, com deslizamentos e levantamentos na meia ponta, reverências, oscilações para frente e para trás e variações que vão depender do espaço, do maestro e do instrutor da dança.
Quaternária – Popular na Alemanha no século XVI sendo que passou a ser chamada de Saltarello Tedesco.
Piva – Conhecida no início do século XV, em 1450 já não existia mais. O cavalheiro executava voltas e saltos em qualquer direção enquanto a dama executa movimentos simples e naturais.
Haviam as danças abertas de par (Pavana, Passamezzo, Galharda, Turdion, Courante, Dança das Canárias, Cascarda, Bergamasca, Sarabanda, Chacona, Passacalle e Pé de Gibão), as fechadas de par, (Volta, Nizarda, Dança de Giro Alemã e Dança Inglesa), e as Rondas Corais (Branle, Gavota, Triori e Measure).
Eis algumas descrições das danças populares e sociais no período da Renascença (1650 até 1750):
Minueto – Suas primeiras manifestações surgem por voltado século XV como sucessor da courante; era uma dança de origem popular que tornou-se com o tempo cortesã, sendo que foi modificada para atender ao tom aristocrático da corte. A dança foi modificada a tal ponto de perder o caráter de extroversão como os saltinhos, as voltas e os pateios, sedo substituídos por movimentos nos quais foram determinados pelo Balé com base nas cinco posições de pés. Com o fechamento das formas os passos não ultrapassavam 30 centímetros e foram se tornando cada vez menores, ficando até menores menuet: um diminutivo que deu nome à dança. Difícil, extremamente requintado, onde tudo era estilizado, modificado, refinado, e por mais difícil que se possa pensar, e ao mesmo tempo galanteadora. O minueto era executado por pares abertos onde os dançarinos e espectadores se saudavam continuamente com passinhos e reverências cerimoniosas com deslocamentos para frente, para trás, para os lados. Os membros não gesticulavam e o corpo era mantido sempre ereto. As mudanças ocorridas no final do século XVIII impuseram o fim do minueto como era até então. Por volta de 1891 surgiu uma dança com esse nome, porém tinha mais nada a ver com o estático e velho modo de se expressar através do requinte e refinamento exigido pela dança original.
Passepied – por volta de 1612, esse passo foi descrito como o cruzamento de um pé sobre o outro sendo o resultado do golpear dos mesmos. Durou pouco tempo na corte, mais ou menos um século e mais tarde já não se dançava mais este estilo. Com compasso 3/8, o passepied era considerado um “minueto alegre” de figuras variadas.
Bourrèe – Essa dança foi originária da Auvérnia, onde foi também considerada como dança coral. Seu nome significa bourrir (bater asas). Foi introduzida por Margarida, irmã de Carlos IX (1560-1574), chegando à categoria de dança cortesã já sem as características populares originais devido à influência dos balés da cote.
Sissonne – Dança da corte cujo nome se derivou, provavelmente, do conde F. C. de Roussy de Sissone.
Jiga - Dança de ritmo binário foi primeiramente mencionada em 1589 e até em 1843 ainda ouvia-se falar dela. O nome de origem francesa: giguer (dançar), foi uma dança da corte e conforme se tem notícia foi dançada na corte de Elizabeth I da Inglaterra, sendo mais tarde introduzida na França e outros cortes por Luís XIV; embora sendo uma dança de par, não foi em todos os lugares, como por exemplo entre os escoceses e irlandeses onde podiam ser dançadas por uma ou mais pessoas de forma rápida e ardente. Como gregos, os ucranianos, os escoceses e irlandês dançavam essas danças sem o formalismo que ela apresentava entre os ingleses e franceses sendo utilizados jogos rápidos de pés calcanhares mantendo o torso parado.
Folia – Desde 1611 foi descrita como uma dança ruidosa com muitos passos e com acompanhamento de castanholas. Sua origem é portuguesa e foi dançada durante o carnaval, provavelmente significando um rito de fecundidade. Foi apresentada na França tanto como dança social como dança cênica. Como temos notícia eram estáveis somente as músicas e alguns elementos básicos da dança, sendo interpretados conforme o executante.
Alemanda – Foi muito popular na França sendo adotada desde o reinado de Luís XIV, só que não tinha nada a ver com a a alemanda original proveniente da Alemanha, sendo modificada conforme cada maestro que a ensinou a sua maneira. De compasso ternário a dança era de difícil execução devido ao posicionamento do corpo, dos deslizamentos, dos giros dos pares e a posição do torso e entrelaçamento dos braços.
Countrydanse (contradança) – É considerada uma dança coral e se até 1728 só se falava no Minueto, já entre 1755 e 1783 só se falava e escrevia sobre a contradança ou o longway inglês. Apesar de ter tomado passos do minueto, essa dança coincidiu com a subida da burguesia ao poder e a decadência do ideal cortesão; sendo uma manifestação que dominava os salões os jovens não mais submetiam ao arrojo, formalidades e reverências do minueto (mal cumpriam, de passagem, algumas convenções determinadas e logo se atiravam à contradança), sendo que enquanto que os aristocratas, que haviam estudado por anos no aprendizado do minueto, logo se entregavam ao longway juntamente como outras pessoas de camada social diferente. Era uma dança descompromissada, um mero passatempo que podia durar de uma hora ou mais à medida que iam chegando casais e se juntando às fileiras, não havendo limites para o número de participantes. Porém assim como o minueto, a countrydanse durou somente pouco mais de um século à dificuldade de poder se expressar devido ao excesso de roupas que não favoreceu a dança que necessitava de mais liberdade e leveza para se expressar.
Cotillon – Também uma dança coral, foi uma contradança francesa que apareceu pela primeira vez na França em 1723 e em 1741 na Alemanha. Só em 1770 apareceu na Inglaterra; essa dança foi combinada com valsas, com outras danças de giro, com jogos sociais e com antigas danças circulares.
Polonaise – Dança coral que temos notícia à partir de 1645, foi uma dança francesa de âmbito nacional e era dançada tanto por nobres como por plebeus. Obedecia o compasso 3 / 4 e possuía elementos muito antigos de composição coreográfica tais como: a ronda, os pares em desfile, a troca de dama e as formas serpentinas. O passo típico da polonaise é dançado em cada nota do compasso ternário sendo que há uma acentuação no tempo forte da terceira nota musical. Até hoje muitos balés clássicos contém essa forma de composição musical como por exemplo: “O Lago dos Cisnes”.
Krakoviak – Outra dança coral que também é chamada de dança da Cracóvia, conforme Caminada, supõe-se que no início era dançada só por homens; tinha muitos saltitos e transmitia alegria e não a solenidade da dança inicial da qual veio: a polonaise.
Importante dizer que a dança de salão sofreu mudanças em todo mundo, até chegar na Dança que conhecemos hoje. E até memso hoje ela ainda sofre com as mudanças. Ás vezes um mesmo ritmo é dançando de maneiras diferentes em países diferentes graças as culturas locais.
A Dança de Salão chegou no Brasil por intermédio de D. Pedro II, então imperador, que buscava na Europa profissionais da dança de salão para dar aulas à elite imperial. As mazurcas, quadrilhas, xotes e outras danças clássicas eram famosas entre os europeus. D. Pedro II um admirador árduo dessa arte, importa para o Brasil essa prática a corte. Isso se desenvoleu de tal maneira que dançar virou uma forma de lazer, e sinal de bom porte. Essa pelo menos é a versão oficial. Claro que a população no geral também dançava, mas não há como saber de que forma, já que não há registro oficial. Conforme o tempo vai passando e a modernidade surgindo, vem os bondes que facilita o deslocamento da população e as notícias se espalham com muito mais facilidade, e os encontros acontecem com mais frequência. Com essa troca de informaçãoes, as pessoas ficaram sabendo sobre a dança de salão que deixou de ser um previlégio para os nobres. Claro que como não havia professores, houveram mudanças na forma de se dançar, e com as imigrações, a dança de salão que antes era um dote para poucos, no estilo europeu, fivou com toques africanos, italianos, portugueses... assim a dança se populariza. Enquanto a dança agradava a muitos, houve resistência de muitos que se sentiam culpados, por influência da Igreja Católica que claro, julgava a proximidade dos corpos como um pecado. Assim surgiam classes diferentes de dançarinos. Eles eram julgavados pelo tipo de dança, pelo jeito que dançavam, e que local se frequentavam. Havia também aqueles que discriminavam totalmente a dança de salão. Logo surgiram as primeiras academias no Brasil. A primeira que se tem registro é a da família Moraes, cujo o professor português aprendeu a dançar com um americano. A academia logo fez fama, entre seus alunos estavam uma particularmente dedicada chamada Maria Antonieta. Esta viria a se tornar a mestra da Dança de Salão no Brasil, professora de nomes famosos, como Jaime Arôxa e Carlinhos de Jesus. Por volta de 1950, com o mundo se globalizando, os Estados Unidos por meio do cinema, começaram a divulgar a Dança de Salão em todo mundo. Assim a Dança de Salão ganha mais força e uma aprovação cada vez maior no Brasil. BALLROOM DANCE: O Ballroom, assim como nossa conhecida “Dança de Salão” nada mais é do que uma forma social de se expressar a dois. É fácil, divertido e rápido. Porém extremamente sério e técnico, onde as aulas são acompanhadas se atividades fora classe, lições de casa e sessões práticas. O ensino do Ballrrom tem níveis bem definidos: Newcomers -para iniciantes, Bronze I e II intermediário e Silver e Gold avançado. Sua técnica de ensino segue o syllabus - uma cartilha de passos que facilita muito no aprendizado do aluno, mesmo de academias diferentes e trabalha-se regras lógicas de condução. O mundo inteiro reconhece, aprova e respeita sua postura, sua elegância e técnica, onde tudo é lógico e faz sentido. Todos os alunos passam por exames e só assim vão ao próximo nível. Os objetivos de quem pratica Ballroom ao redor do mundo são bem variados: Simplesmente se divertir, participar de campeonatos, tornar-se dançarino profissional ou professor. Em função do objetivo do aluno faz-se um trabalho específico. Batuque: Dança de origem africana, caracterizada por requebros, palmas e sapateados, acompanhados ou não de canto. Por extensão, nome de certos ritmos marcados por forte percussão. Valsa: Dança de salão derivada do Ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780 Zouk: O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, e é um termo da língua creole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa. Porém, nos seus lugares de origem existe uma forma de se dançar o ritmo zouk que não é a mesma que se dança por aqui. No Brasil aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que, como música, entrou em decadência há alguns anos, porem nunca morreu como estilo de dança. É claro que como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influencias de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes, além do que o andamento mais lento do zouk proporciona outras modificações e novos movimentos.
A DANÇA DE SALÃO NO BRASIL:
TIPOS DE DANÇA:
Bolero: Um dos avós do Mambo, Chá Chá Chá e Salsa, nasceu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados(dança e contradança). Mais tarde um bailarino espanhol, Sebastian Cerezo, fez uma variação baseadas nas Seguidillas, bailados de ciganas, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas(as boleras).
Bossa Nova: Movimento renovador da música popular brasileira, surgido no Rio de Janeiro, na década de 1950. Caracterizou-se por harmonias elaboradas e letras coloquiais.
Calypso: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. Tinha no seu início um clima de "duelo" político.
Carimbó: Música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX.Cantores mais famosos: Verequete, Pinduca, Milton Yamada.
Chá Chá Chá: Dança derivada do Danzon cubano, que se seguiu ao Mambo. O nome foi tirado do barulho feito pelos dançarinos nas pistas de dança. Popularizou-se no mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de instrumentos de sopro.
Descarga: Foi a mãe da salsa. Surgiu com a união de diversos músicos tocando o que queriam, em grandes shows. Fusão entre a música latina, rigidamente estruturada e o improviso do Jazz.
El Son: Antiga forma musical popular em Cuba.
Forró: Designação popular dos bailes freqüentados e promovidos por migrantes nordestinos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Teve origem nas festas oferecidas pelos ingleses aos empregados que construíam estrada de ferro.
Habanera: Gênero de música e dança cubana, em compasso binário, que influenciou o Tango, o Maxixe e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. Popular no século XIX.
Jive: Uma mistura de Rock com Boogie Woogie americanos.
Lambada: Nasceu da adaptação do Caribó eletrificado ao Merengue em 1976, Belém do Pará.
Lundum: Conhecido também como Lundu, Landu ou Londu. Dança e canto de origem africana, baseados em sapateados, movimentos acentuados de quadris e umbigadas. Trazidos para o Brasil(Pará) por escravos Bantos no século XVIII. Nessa mesma época os escravos praticam-no no Rio de Janeiro, onde constituiu uma das origens do Samba e da Chula.Cantores mais famosos: grupos folclóricos.
Mambo: Nasceu em Cuba e virou uma salada musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu nome vem da gíria usada pelos músicos negros("Estás Mambo"-tudo bem com você?-) que tocavam El Son nas charangas(bandas locais cubanas). Perez Prado adicionou metais nas charangas e foi de fato o primeiro a rolular essa nova versão de El Son de Mambo. Invadiu os E.U.A. nos anos 50.
Merengue: RItmo veloz e malicioso, nascido na República Domenicana, tem o seu nome derivado do jeito que os domenicanos chamavam os invasores franceses no século XVII(merenque).
Milonga: Popular das zonas próximas ao estuário do rio da Prata, interpretada com acompanhamento de violão.
Pasodoble: Nasceu há três séculos, na Espanha, junto com as touradas. Tem o mesmo ritmo quente e apaixonante desse espetáculo.
Polca: Dança e música originária da Boêmia, popular em meados do século XIX nos salões europeus. Caracteriza-se pelo movimento rápido, em compasso binário e andamento alegreto.
Quick Step: RItmo americano que como o próprio nome diz, é rápida e cheia de pulinhos. Se dança com o Be Bop que é um tipo de Jazz sofisticado. Anos 40.
Rock And Roll: ou simplesmente Rock, é o estilo musical que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1950 e, por evolução e assimilação de outros estilos, tornou-se a forma dominante de música popular em todo o mundo. Os elementos mais característicos do estilo são as bandas compostas de um ou mais vocalistas, baixo e guitarras elétricas muito amplificadas, e bateria. Também podem ser usados teclados elétricos e eletrônicos, sintetizadores e instrumentos de sopro e percussão diversos.
Rumba: O embalo sensual da Rumba nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento. Durante a dança, há sempre um elemento de insinuação e fuga.
Salsa: Ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX com contribuições da música caribenha e de danças folclóricas dessa região, como a Conga e o Mambo. Em seu acompanhamento predominam os instrumentos de percussão.
Samba: dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o Lundu e o Batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão. Por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do Choro, flauta e clarineta. Apesar de mais conhecido atualmente como expressão musical urbana carioca, o samba existe em todo o Brasil sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do Batuque. Manifesta-se especialmente no Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Soca: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. É uma abreviação de soul-cum-calypso.
Tango: surgido como criação anônima dos bairros pobres e marginais de Buenos Aires, o tango argentino tradicional tornou-se mundialmente famoso na voz de Carlos Gardel e, adaptado a uma estética moderna, com as composições instrumentais de Astor Piazzolla.
Tango é uma música de dança popular que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, no final do século XIX. Evoluiu a partir do candombe africano, do qual herdou o ritmo; da Milonga, que inspirou-lhe a coreografia; e da Habanera, cuja linha melódica assimilou. Chamado pelos argentinos de "música urbana", tem a peculiaridade de apresentar letras na gíria típica de Buenos Aires, o lunfardo.
O Tango -- como o Samba, no Brasil -- tornou-se símbolo nacional com forte apelo turístico. Casas de tango e o culto aos nomes famosos de Gardel e Juan de Dios Filiberto perpetuam o gênero. Ao contrário do samba, no entanto, a criação artística do tango sofreu forte declínio a partir da década de 1950.
Xote: Tipo de dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste do Brasil, executada ao som de sanfonas nos bailes populares. Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, com o nome original de schottische. Também chamada Xótis.